Marcado: solidariedade

[PARANÁ] Portelinha avança rumo à regularização!

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Na última segunda-feira, 1/04, cerca de 60 moradoras e moradores da Comunidade Portelinha – Curitiba estiveram na COHAB Curitiba para uma reunião à respeito da regularização do terreno e realocação das famílias que se encontram em área de risco.

Apesar da Cohab ter escolhido um horário que pouco contempla o povo trabalhador (principalmente aqueles e aquelas que dificilmente podem decidir sobre seu expediente), as famílias há dias se organizavam para estarem presentes e participando ativamente desse momento tão importante e decisivo para a Portelinha.

À pedido da Cohab e mesmo com a exigência por parte dos moradores e moradoras de que todos pudessem participar, a reunião de fato só aconteceu com pequena parte das pessoas presentes.
Dessas presentes, representantes da Portelinha se colocaram contrárias à qualquer projeto que proponha realocar a comunidade para bairros distantes.
São mais de 300 famílias com 12 anos de história de vida naquele território. É por ali que querem permanecer.

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Além disso, foi mais uma vez pedido que fosse marcada uma reunião com o Ministério Público do Paraná – MPPR, para que seja anulada a reintegração de posse que é motivo de grande preocupação pra muitas famílias.
Também foi reiterado o pedido pra que seja mediado um encontro de representantes da Portelinha com representantes da empresa proprietária de parte dos terrenos, que já se encontra em massa falida com débitos inclusive com a Prefeitura de Curitiba, para fim de construir um acordo entre essas partes.

Por fim, a Cohab garantiu que a realocação das famílias situadas nas áreas de risco têm prioridade em seus projetos de habitação e que a comunidade Portelinha tem autonomia para se organizar dentro das possibilidades ofertadas.
Desde já reforçamos que essas possibilidades têm de garantir o bem estar de todas as faixas econômicas presentes ali na comunidade.

Saímos da reunião cientes de que todo o processo e luta ainda continuará.
Mas a certeza de que PORTELINHA UNIDA JAMAIS SERÁ VENCIDA cresce a cada dia!
QUEREMOS MORADIA DIGNA JÁ!

[PARANÁ] Portelinha Unida na Luta por Moradia Digna

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No último dia 25 de março, moradoras e moradores da Comunidade Portelinha – Curitiba estiveram na Rua da Cidadania da Fazendinha – Regional Portão para mais uma vez lutar por seus direitos.

As demandas apresentadas foram:
1. A realocação imediata, para uma área adequada e próxima à comunidade, das 20 famílias que moram em uma área de risco em constante possibilidade de perderem seus lares, num cenário de tragédia anunciada há tempos.
2. Elaboração de um projeto de regularização fundiária, promessa já feita em reunião com o prefeito Rafael Greca de Macedo e com a COHAB Curitiba, esta última com quem a comunidade se reunirá novamente ainda nessa semana.

Para avançar nesse projeto de regularização, também ficou combinado que agentes da prefeitura e COHAB entrarão em contato com a empresa proprietária de maior parte dos terrenos para marcar uma reunião com representantes da comunidade.

Com muita disposição e firmeza, moradoras e moradores protagonizaram mais uma importante mobilização nesses 12 anos de luta da Portelinha.
PORTELINHA UNIDA JAMAIS SERÁ VENCIDA!
MORADIA DIGNA JÁ!

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[PARANÁ] Tia Cleia: Um Exemplo de Luta e Solidariedade

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Em uma madrugada de sábado (no dia 9 de fevereiro), a luta por um mundo mais justo e fraterno perdeu uma de suas grandes guerreiras: Cleia Margarida Salvador, conhecida por todos como Tia Cleia.

Cleia morava desde muito jovem no bairro Santa Quitéria, onde era extremamente conhecida e querida por todos. Em uma simples caminhada pela região, era possível ver o grande número de pessoas de todas as idades que vinham cumprimentá-la e “pedir a benção” para a Tia. Na Comunidade Portelinha, ocupação que existe há mais de 10 anos na região, Cleia era uma das mais antigas moradoras, e figura de ponta nas mais diversas mobilizações em prol da comunidade. Tinha especial carinho e cuidado para com as crianças, sempre organizando festas, doações e brincadeiras.

Grande entusiasta de atividades culturais, destacava com frequência a importância de serem organizados festivais e apresentações para o povo da comunidade. Com sua grande habilidade para arrancar gargalhadas, criou o personagem Juquinha, um garoto travesso que sempre aparecia para alegrar as festas da comunidade.

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Como militante do Movimento de Organização de Base, participava ativamente da construção da Cooperativa Entre Laços e Linhas, da organização do Sarau de RAP (onde chegou a apresentar suas rimas) e do 1º Show de Piadas da Comunidade, onde além de apresentar seus causos tomou a frente de todos os aspectos da organização do evento, com dedicação exemplar. Também participava da Ciranda, sempre com muita preocupação e carinho pra pensar as atividades a serem realizadas com as crianças. Cleia também era presença constante nas lutas gerais da comunidade, em busca da regularização fundiária e de condições dignas de moradia para todas e todos. Com uma serenidade e otimismo contagiantes, não foram poucas as vezes em que, com chuva ou sol, bateu de porta em porta convidando para as reuniões da associação de moradores, para eventos da comunidade ou para realizar cadastros das famílias.

Todos que a conheceram ficavam espantados com sua energia. Mesmo com a saúde debilitada, sua presença nas mais diversas tarefas militantes era sempre garantia de bom humor. Contando piadas, atenta aos problemas de cada pessoa e sempre disposta a oferecer o ombro amigo, a escuta atenta, a palavra animadora e o abraço caloroso.

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Um de seus grandes objetivos sempre foi a união entre as duas partes (parte de cima e parte de baixo) da Comunidade Portelinha, sonho que pode ver realizado nos últimos anos, através das festas e reuniões conjuntas e da construção do sentimento de que todos fazem parte de uma mesma comunidade e com a mesma meta: uma vida digna para todos. Outro grande sonho de sua vida era ser radialista e publicar em livro os textos que escrevia. Tia Cleia estava desde 2018 envolvida no projeto de construção da Rádio Portelinha, trabalho que infelizmente não pode ver concluído mas que, assim como seus outros sonhos, certamente será levado adiante.

Apesar da tristeza que acometeu a todos que a conheciam por conta da partida de uma companheira tão querida, o que fica é a importância cada vez mais urgente de dar continuidade ao seu legado de amor, luta e alegria. Hoje, a rua principal da Comunidade Portelinha tem o nome de Avenida Tia Cleia, para lembrar que as sementes de solidariedade e luta em prol do bem comum que foram o lançadas ao solo por toda a sua vida, devem continuar sendo regadas para que todos possam colher os frutos de um mundo justo, digno e fraterno.

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CLEIA MARGARIDA SALVADOR PRESENTE!
VIVA A TIA CLEIA!

[PARANÁ] Respeito e Moradia Digna às Ocupações do CIC!

Nesta sexta-feira (07/12/18), mais de 300 casas da ocupação urbana 29 de Março foram atingidas por um incêndio provocado pela Polícia Militar. No local sobram destroços e indignação.

Os relatos de moradoras e moradores descrevem uma ação violenta e abusiva por parte da PM, em retaliação à morte de um policial. Com os rostos cobertos e sem a identificação na farda, a PM invadiu e revirou casas, sem mandado. Famílias foram acordadas de madrugada, revistadas de maneira ilegal e imoral, e ameaçadas no caso de não encontrarem o paradeiro da pessoa que supostamente matou o policial. Informações dão conta que a pessoa tentou duas vezes se entregar, o que parecia não ser o suficiente para o braço armado do Estado.

Em seguida, o fogo começou. Dentre as notícias que circulam sobre as mortes, duas se destacam por se tratarem de execuções: um rapaz que denunciou o início do fogo e foi morto a tiros dentro de casa; outro que foi levado pela PM e encontrado sem vida a quilômetros da ocupação. Os cartuchos no chão de balas, não só de borracha, revelam o uso de força letal contra os moradores. Houveram feridos no ataque, inclusive idosos. O incêndio provocado tirou a vida de muitos animais. Entre os moradores, há vítimas não confirmadas.

 

Mesmo com o terror que se instalava, a comunidade conseguiu resistir com a união entre moradores de todas as ocupações (Tiradentes, Nova Primavera, 29 de Março, Dona Cida) e o apoio de outras comunidades, movimentos e organizações. Estão no local várias pessoas e organizações que auxiliam na resistência e captação de itens básicos de sobrevivência.

Na entrada da comunidade, montou-se uma tenda para reunir as doações e improvisou-se uma cozinha comunitária, para alimentar a todas as mulheres, homens e crianças que ficaram sem ter como ou o que cozinhar.

Doações estão sendo coletadas em diversos pontos da cidade e região metropolitana (conforme descrito ao final deste link: https://bit.ly/2zOyxtI). São prioridade: comida (inclusive pronta), leite, fraldas e materiais de construção e água potável.

Devido à urgência da situação, a unidade de atendimento do CRAS Moradias Corbélia está aberta ao atendimento à população e recebimento de doações também neste sábado e domingo, das 8h às 17h. Na sexta-feira, as famílias desabrigadas foram direcionadas à escola municipal Doutor Hamilton. A partir de sábado, o acolhimento é feito pela ONG Anjos. São poucas as famílias, entretanto, que buscaram o abrigamento. A maior parte foi acolhida pelos próprios moradores, vizinhos que entendem que a dor de um é a de todos.
Todas e todos temem o retorno da PM, dizem não conseguir descansar nem dormir direito. Em meio à calamidade que se desenha, surpreende a falta de ação da Prefeitura de Curitiba e COHAB. Os escombros permanecem, com materiais em brasa e fumaça ainda presentes, aumentando a vulnerabilidade social das famílias e os riscos à saúde.

É necessária a limpeza do terreno imediatamente, a realocação das famílias para moradias adequadas e a regularização das ocupações, garantindo o direito à moradia. Esta luta vem sendo sendo feita por esta comunidade e outras comunidades há anos em meio a tantos contratempos pelo descaso e repressão do Poder Público.

É hora de muita união e solidariedade entre as comunidades e movimentos! Não podemos esquecer as atrocidades que aconteceram nesta comunidade! Moradia digna já!

[PARANÁ] Nota de Solidariedade ás Ocupações do CIC: Contra a Violência do Estado.

 

O Movimento de Organização de Base – Paraná (MOB-PR) se solidariza de maneira incondicional às famílias das ocupações da região do CIC que na última sexta-feira (07/12) sofreram um duro ataque em seus direitos, sentindo mais uma vez a face cruel e violenta do Estado.

Durante a sexta-feira, moradoras e moradores das ocupações Dona Cida, 29 de Março, Tiradentes e Nova Primavera relataram o pânico causado por ações policiais durante o dia. Com a justificativa de estarem em busca de uma pessoa que supostamente havia baleado um policial, os agentes de segurança do Estado arrombaram e invadiram casas, agrediram pessoas, deram tiros para o alto e inclusive torturaram pessoas em frente a seus familiares, incluindo crianças e idosos.

No período da noite, um incêndio de grandes proporções iniciou-se na Ocupação 29 de Março, que foi devastada pelas chamas. Até o momento, informações dão conta que centenas de famílias perderam suas casas e pertences.

Todo esse cenário de barbárie e violência foi promovido pelo Estado, através de seu braço armado (a Polícia Militar) que usou de brutal violência contra a população pobre da cidade, bem como por não promover o direito básico à moradia digna, uma luta histórica das ocupações da região.

Nesse momento, todo apoio é fundamental. Estão sendo organizados pontos de coleta no CIC e em diversos pontos da cidade. Solidariedade é mais que palavra escrita!

 

Todo apoio às moradoras e moradores!
Pelo fim da violência policial!
Moradia digna já!

PONTOS DE COLETA:

– Escola Ensino Fundamental Doutor Hamilton Calderari Leal – R. Victor Grycajuk, 121 – São Miguel
– Ong anjos em frente a praça auto bela vista no Sabará – R. Carlos Eduardo Martins Mercer, 31
– igreja Sara Nossa Terra Barigui – Rua Ricardo Emilio Michel, 531
– Cras Moradias Corbélia – R. Profa. Cecília Iritani, 510
– santo Isidoro 80
– associação Moradias Sabará 1, 151
– Casa do Estudante, centro
– Avenida Presidente kennedy, 2134 – Sara Nossa Terra

*LONAS e MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO em geral são muito bem vindos! Além de utensílios domésticos, móveis, produtos de higiene, roupas.

 

(PARANÁ) Mutirão para instalação da nova rede de água na Portelinha!

Nos dias 25 e 26 de agosto, aconteceu na Comunidade Portelinha um grande mutirão para instalação de uma nova rede de água. Para solucionar problemas constantes como a falta de água e vazamentos, moradoras e moradores se uniram. Com muita solidariedade, companheirismo e determinação, o povo organizado dá mais um exemplo de que as mudanças que queremos não vão vir dos ricos e poderosos, mas da luta cotidiana pela melhoria de nossas condições de vida, construindo com as próprias mãos a transformação de nossa realidade.

Viva a organização do povo!
Viva a Portelinha!

 

[Paraná] TODO APOIO À LUTA DOS CAMINHONEIROS!

Nós, do Movimento de Organização de Base-Paraná (MOB-PR), manifestamos nosso apoio à greve dos caminhoneiros. Desde o dia 21 de maio, caminhoneiros tem realizado protestos e trancado rodovias em todo o país, reivindicando entre outras pautas a diminuição dos altos preços dos combustíveis e melhores condições de trabalho. Só no Paraná são cerca de 200 áreas bloqueadas.

A luta dos caminhoneiros tem aspectos muito próprios. Patrões e oportunistas tentaram se apropriar do movimento em benefício próprio, sem pensar nos trabalhadores e trabalhadoras. Mas as negociações realizadas a portas fechadas com o governo (por empresas e sindicatos que não representam os trabalhadores) não atenderam as pautas mais urgentes dos que sofrem no dia a dia com péssimas condições de trabalho, jornadas exaustivas, gastos com combustível e pedágios, e instabilidade. Isso que fez com que muitos caminhoneiros autônomos decidissem manter a greve, não se contentando com as migalhas oferecidas pelo governo e lutando por conquistas concretas.

Os de cima já preparam os ataques ao povo trabalhador: alegando ser um protesto abusivo e radical, foi autorizada o uso da Força de Segurança, para acabar com as manifestações. Ou seja, são os poderosos usando como sempre de seu braço armado (polícia, exército) para reprimir o povo. Além disso, diversos estados estão estipulando uma multa diária para aqueles que continuarem em greve.

A luta não é apenas dos caminhoneiros, mas sim de todo o povo pobre e trabalhador, dos desempregados e desempregadas, dos camponeses, dos moradores e moradoras de vilas, favelas e ocupações. Outras categorias, como a dos petroleiros, já tem anunciado indicativos de greves e paralisações, e é fundamental estarmos lado a lado nessas e em outras lutas por melhores condições de vida e contra os ataques dos poderosos.

Todo apoio a luta dos caminhoneiros!

Pela solidariedade entre os/as de baixo contra os governos e os patrões!

Lutar! Criar! Poder Popular!

[Paraná] Enchentes em Curitiba: descaso dos de cima e luta dos de baixo

Quando uma chuva um pouco mais forte começa a cair dos céus, já é o início de muita preocupação para moradoras e moradores de diversos bairros de Curitiba e Região Metropolitana. Tem sido cada vez mais constantes as enchentes e alagamentos em diversos pontos da cidade, o que tem feito com que centenas de famílias percam móveis, roupas, eletrodomésticos e até mesmo suas próprias casas. O forte temporal que caiu no dia 3 de março deixou tristes marcas na população pobre da cidade: segundo dados parciais da própria Prefeitura de Curitiba, mais de 1500 pessoas foram afetadas, e 200 ficaram desalojadas, ou seja, perderam suas casas.

Infelizmente, não se trata de uma novidade. No final de 2017, fortes chuvas causaram estragos em diversos pontos da cidade. Muitas famílias afetadas nessa época mal tiveram tempo de reconstruir seus lares e vieram a sofrer novas perdas alguns meses depois. Trata-se de uma tragédia anunciada, pois uma série de obras prometidas pela prefeitura para conter as enchentes e alagamentos foram abandonadas, e outras sequer iniciadas. O mesmo vale para a limpeza de rios, muitas vezes realizada por mutirões organizados pelas moradoras e moradores das comunidades. Esse descaso, aliado a ausência de políticas para a moradia digna de nosso povo, tem ocasionado essa sequência de tragédias.

Pra mudar a situação, luta e união!

Tais acontecimentos geraram revolta e houveram protestos em diferentes regiões de Curitiba. No bairro Parolin, um protesto trancou uma via da região, as moradoras e moradores queimaram partes dos móveis destruídos pela chuva e mostraram com palavras de ordem sua revolta. No mesmo dia, mais cedo, o governador Beto Richa esteve presente no bairro, mas não conseguiu convencer os moradores e moradoras com suas mentiras.

O Contorno Sul também foi palco de manifestações. Moradoras e moradores dos bairros CIC e Fazendinha trancaram a via por cerca de seis horas, exigindo que a prefeitura tomasse providências. Uma das questões levantadas pelo protesto foi o fato da prefeitura não ter realizado tarefas com as quais havia se comprometido, como a drenagem de rios e limpeza de bueiros.

Solidariedade

Para resolver essa situação, a população se uniu em mutirões e ações para arrecadação de roupas, móveis e eletrodomésticos, mostrando na prática que só a luta, a união e a solidariedade podem apontar para o caminho de uma vida digna para todos e todas. Muitas vezes, a própria população atingida pelas chuvas é tida como culpada, o que além de ser uma visão claramente preconceituosa, protege os verdadeiros culpados por essa situação: o Estado que ignora as demandas do povo e não cumpre com suas promessas.

A cada nova ameaça de chuva, cresce a tensão e o risco de se perder novamente aquilo que foi duramente conseguido pela população. O caminho para que possamos ter moradia digna para todos, e para que as enchentes não sejam uma ameaça cotidiana, passa pela auto-organização em nossos locais de moradia, construindo espaços de resistência e solidariedade.

Todo apoio às famílias atingidas pelas enchentes!
Moradia digna para todos e todas!
Viva a organização do povo!

[Paraná] Ocupação Flores do Campo: luta e resistência em Londrina

A Ocupação Flores do Campo, que existe há cerca de um ano, tornou-se um dos símbolos na luta por moradia no norte do Paraná. São centenas de famílias que resistem aos constantes ataques do Estado na busca por moradia digna, ocupando um terreno que seria destinado ao programa “Minha Casa, Minha Vida” e que, até antes da ocupação, era nada mais do que um canteiro abandonado.

No dia 16 de novembro, os ataques contra a ocupação se intensificaram: foi determinado o despejo das centenas de família da Flores do Campo, com uso de força policial, sem com que houvesse qualquer debate por parte do poder público com a comunidade. Nas vésperas do despejo (que seria no dia 21/11), a decisão foi revogada, ampliando o prazo de saída das famílias para 90 dias. Uma conquista do povo organizado!

Mas a luta continua, pois são centenas de famílias que seguem em busca de um direito básico, de uma moradia digna para todos e todas. Nós, do Movimento de Organização de Base, expressamos nosso apoio e solidariedade as lutadoras e lutadores sociais da Ocupação Flores do Campo! A resistência continua rumo a novas vitórias!

TODA A SOLIDARIEDADE AS FAMÍLIAS DA FLORES DO CAMPO MORADIA DIGNA PARA TODOS E TODAS!

MOB-PR, Curitiba, Novembro de 2017.

[Paraná] Toda a Solidariedade às moradoras e moradores do Parolin

Na noite da última sexta-feira (17/11/17), um incêndio no bairro Parolin (Curitiba) destruiu 14 casas, deixando dezenas de pessoas sem moradia. Além disso, as famílias perderam móveis, alimentos, documentos e pertences.

Nesse momento, todo apoio é muito importante! As famílias precisam principalmente de doações de:

  • Alimentos (arroz, feijão, macarrão, bolachas)
  • Roupas (adulto, infantil)
  • Fraldas
  • Eletrodomésticos

Contato para doações:
99725-4947 (Osvaldo)
99682-9291 (Jennifer)

Locais de arrecadação:
– Rua Padre Isaías de Andrade, 638
– Rua Francisco Parolin, 429

Solidariedade é mais que palavra escrita!